FUTEBOL NACIONAL

Jogadoras da Seleção contestam silêncio sobre Robinho e Daniel Alves

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se pronunciou sobre as condenações e prisões dos jogadores por casos de estupro
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Jogadoras da Seleção Brasileira, a meia-atacante Ary Borges, do Racing Louisville-EUA, e a atacante Kerolin, do North Carolina Courage-EUA, questionaram o silêncio do mundo do futebol com as condenações e prisões de Daniel Alves e Robinho por estupro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Ary Borges elogiou a postura de Leila Pereira, presidente do Palmeiras e chefe da delegação da Seleção Brasileira em Londres, que lamentou a possibilidade de liberdade provisória de Daniel Alves após a condenação em primeira instância.

“Ela [Leila] mostrou que é isso que pessoas em posições de impacto precisam fazer. Mas será que até quando apenas mulheres vão continuar se expondo, sozinhas a repudiar situações como essa, ou no caso, crime como estes?”, disse Borges.

“Eu estava evitando falar sobre o assunto porque só conseguia sentir raiva de tudo isso. Mas é inaceitável o cara pagar pra pra ter o direito de estuprar uma mulher. Ele não pagou por sua liberdade ou porque se arrependeu do que fez ou pra provar sua inocência. É inadmissível”, acrescentou a jogadora.

Por sua vez, Kerolin elogiou Leila e questionou o silêncio dos homens.

“Leila Pereira, gigante, como mulher se posicionou e digo mais, mostrou como pessoas que tem voz, espaço, influência poderiam se posicionar. Até quando só mulheres? Até quando mulheres irão continuar sofrendo esses e outros tipos de crimes e as pessoas que cometem sairão ilesas?”.

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