Gabriel Milito é o 16º técnico estrangeiro na história do Atlético. O argentino de 43 anos passa a integrar a lista que vai de Eduardo Coudet a Eugênio Medgyssy. O No Ataque relembra, a seguir, todos os nomes.
Ao longo de 116 anos, o Galo contou com quatro argentinos, um venezuelano, seis uruguaios, um paraguaio, um peruano e dois húngaros no comando técnico.
O mais vitorioso em termos de conquistas foi Ricardo Díez,uruguaio que trabalhou no Atlético em três oportunidades: 1950-1951, 1955-1956 e 1958-1959. Foram 171 jogos, com 104 vitórias, 33 empates e 34 derrotas, e os títulos do Campeonato do Gelo (1950) e do Campeonato Mineiro (1954 e 1955).
Trabalhos recentes foram conturbados
Em anos recentes, o venezuelano Rafael Dudamel e os argentinos Jorge Sampaoli e Eduardo Coudet enfrentaram problemas internos no Galo. O último deixou o alvinegro no ano passado após 35 jogos e antecedeu Felipão, que por sua vez deu lugar a Gabriel Milito.
Outro argentino, Antonio “El Turco” Mohamed não lidou com esse tipo de obstáculo, mas teve projeto interrompido especialmente por pressão externa – como reconheceu a própria diretoria em diferentes entrevistas ao longo dos últimos anos.
Milito no Atlético
Natural de Bernal, na Argentina, Gabriel Milito tem 43 anos e foi um zagueiro de bom nível no futebol mundial. Revelado pelo Independiente (Argentina), passou por Zaragoza (Espanha) e Barcelona (Espanha) antes do retorno ao Independiente para encerrar a carreira, em 2012.
Também como jogador, disputou a Copa do Mundo de 2006 pela Seleção Argentina, além das Copas América de 2007 e 2011. No currículo, tem títulos do Campeonato Argentino (2002), do Campeonato Espanhol (2009/2010 e 2010/11), da Champions League (2010/2011) e outros.
Como técnico, Milito já teve cinco trabalhos: dois no Estudiantes (Argentina), um no Independiente, um no Deportivo O’Higgins (Chile) e o mais recente no Argentinos Juniors. O profissional de 43 anos ainda não conquistou títulos como treinador. O último trabalho, no Argentinos Juniors, foi o mais longo. Foram quase três temporadas no comando do clube, com 135 jogos, 57 vitórias, 35 empates e 43 derrotas – aproveitamento geral de 50,8%.
Sua estreia no Atlético será neste sábado, às 16h30, diante do Cruzeiro. Os rivais realizam o jogo de ida da final do Campeonato Mineiro na Arena MRV.
Treinadores estrangeiros do Atlético
Gabriel Milito – argentino (2024)
Eduardo Coudet – argentino (2023)
35 jogos: 21 vitórias, seis derrotas e oito empates
Título: Campeonato Mineiro (2023)
Antonio Mohamed – argentino (2022)
45 jogos: 27 vitórias, 13 empates e cinco derrotas
Títulos: Supercopa e Campeonato Mineiro (2022)
Jorge Sampaoli – argentino (2020/21)
45 jogos: 26 vitórias, 8 empates e 10 derrotas
Título: Campeonato Mineiro (2020)
Rafael Dudamel – venezuelano (2020)
10 jogos: 4 vitórias, 4 empates e duas derrotas
Diego Aguirre – uruguaio (2016)
31 jogos: 16 vitórias, 7 empates e 8 derrotas
Darío Pereyra – uruguaio (1999)
40 jogos: 21 vitórias, 8 empates e 11 derrotas
Título: Campeonato Mineiro (1999)
Walter Olivera – uruguaio (1985)
21 jogos: 9 vitórias, 11 empates e 1 derrota
Título: Campeonato Mineiro (1985)
Fleitas Solich – paraguaio (1967-1968)
49 jogos: 30 vitórias, 10 empates e 9 derrotas
Ondino Viera – uruguaio (1954-1955)
42 jogos: 26 vitórias, 8 empates e 8 derrotas
Ricardo Díez – uruguaio (1950-1951, 1955-1956 e 1958-1959)
171 jogos: 104 vitórias, 33 empates e 34 derrotas
Títulos: Campeonato do Gelo (1950) e Campeonato Mineiro (1954 e 1955)
Darío Letona – peruano (1947)
4 jogos: 3 vitórias e 1 empate
Felix Magno – uruguaio (1946-1948)
105 jogos: 69 vitórias, 19 empates e 17 derrotas
Títulos: Mineiro (1946 e 1947)
Ignác Amsel – húngaro (1945)
10 jogos: 4 vitórias e 6 derrotas
Gregório Suárez – argentino (1944)
16 jogos: 10 vitórias, 4 empates e 2 derrotas
Eugênio Medgyssy – húngaro (1928-1931)
53 jogos: 35 vitórias, 12 empates e 6 derrotas