O atacante Júnior Santos ainda não caiu nas graças da torcida do Atlético. Maior contratação da história do clube, o jogador foi vaiado na Arena MRV neste domingo (17/8), na derrota alvinegra por 3 a 1 para o Grêmio, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O atleta foi comprado pelo Galo junto ao Botafogo por R$ 44 milhões no início desta temporada, mas ainda não conseguiu demonstrar o futebol apresentado no Glorioso e falhou no terceiro gol do time gaúcho. Ele perdeu espaço com a chegada de Biel no ataque e tem somente dois gols e duas assistências em 24 jogos.
Na zona mista, o atacante disse que entende a cobrança da torcida, mas também acredita que é o único entre as grandes contratação sem uma sequência.
“Eu entrei no jogo que já estava bastante difícil. Vim para uma tabela com o Hulk, o adversário acabou roubando a bola e fazendo no contra-ataque, e fiquei em evidência. O torcedor tem toda razão, mas tendo em vista as contratações que houveram no Brasil, acho que sou uma das únicas das grandes contratações que ainda não tiveram uma sequência”, afirmou.
Júnior Santos também cita lesões
Júnior Santos ainda lamentou as lesões sofridas e a “pressa” na qual foi acionado no Atlético. Pelo clube, ele já esteve no departamento médico duas vezes, com lesões na panturrilha direita e na coxa direita, que o afastaram do gramado por quase três meses em 2025.
“Eu me machuquei no meio do ano passado, então joguei uma partida inteira só no Mineiro. Joguei com cinco dias de treino. Às vezes a culpa vem só para mim. Não culpando ninguém. Tive uma conversa, me disponibilizei a ajudar naquele momento, o Galo precisava das vitórias. Acabei pagando o preço”, analisou.
“O jogador de futebol precisa de três meses para estar apto, no Brasil temos um. Acabei me lesionando, foi complicado para recuperar a forma física com o campeonato em andamento. Está sendo ainda. Como temos um ataque muito qualificado, tenho entrado pouco tempo, e isso pesa no rendimento e no ritmo de jogo”, lamentou.
A avaliação do rendimento no Atlético
Apesar disso, Júnior Santos crê que ainda é cedo para dizer se ele “deu certo” ou não no Atlético. Além disso, ele faz uma avaliação positiva do primeiro semestre no clube.
“Então não tem como tirar conclusão se dei certo, ou se estou dando certo aqui. Mas eu entendo o lado do treinador e do torcedor. Outras peças têm entrado e às vezes em pouco tempo têm contribuído”, enfatizou.
“Infelizmente as coisas ainda não aconteceram para mim, pelo menos nesse segundo semestre. No primeiro, antes da primeira parada estava muito bem, tinha contribuído para vitórias contra Fluminense e Internacional. Hoje fiquei em evidência, mas cabeça no lugar”, disse.
Confiança na recuperação
Por fim, Júnior Santos demonstrou convicção na recuperação no Atlético. O atacante pregou foco no trabalho para ter maior aproveitamento junto ao técnico Cuca.
“Não é a primeira vez que isso acontece, não será a última. Tenho certeza que vou dar a volta por cima. Tenho que trabalhar bastante porque sei que a oportunidade vai aparecer e as coisas vão fluir”, disse.
Júnior Santos pode receber a próxima oportunidade na quinta-feira (21/8), às 19h, quando o Atlético enfrentará o Godoy Cruz-ARG no Estádio La Bodega, pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O time mineiro venceu na ida por 2 a 1 na Arena MRV.
