CRUZEIRO

Organizadas do Cruzeiro cancelam ‘rua de fogo’ por chance de multa; veja valor

Torcedores celestes tinham idealizado uma recepção ao clube no Mineirão, antes do jogo com o Vasco, na quarta-feira (22/11), às 19h
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As torcidas organizadas do Cruzeiro cancelaram, nesta terça-feira (21/11), a “rua de fogo” idealizada para ocorrer no Mineirão, antes do jogo com o Vasco, na quarta-feira (22/11), às 19h. A mudança de ideia ocorreu após notificação da Polícia Militar de Minas Gerais e Ministério Público. Veja o valor da possível multa que os torcedores receberiam em caso de ação.

O jogo atrasado da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro ocorrerá com portões fechados por conta da punição preventiva recebida pelo Cruzeiro após a briga na Vila Capanema.  Parte da torcida celeste que estava assistindo ao duelo com o Coritiba, em 11 de novembro, invadiu o campo e brigou com torcedores rivais – o jogo terminou com vitória do Coxa por 1 a 0. 

Desta forma, cruzeirenses idealizaram a rua de fogo próximo ao Mineirão para apoiar o clube antes do duelo decisivo com o Vasco – equipes ocupam a 16ª e a 15ª colocações do Brasileiro. 

Porém, nesta terça-feira (21/11), as torcidas organizadas foram notificadas pelo Ministério Público e pela Polícia Militar de Minas Gerais sobre a possível punição de R$ 200 mil reais e reclusão dos líderes em caso de movimentações próximas ao Gigante da Pampulha.

Nota divulgada pelas torcidas organizadas do Cruzeiro 

Infelizmente em Minas Gerais tem acontecido assim.

Por diversas vezes, o poder público através do MP e da PMMG defende e trabalha a favor dos menores e mais oprimidos. Mas não estamos falando da sociedade em geral e sim de uma escolha futebolística que essas instituições públicas, por meio de seus representantes legais momentâneos, decidiram tomar.

Ainda, temos uma diretoria que se mostrou omissa por diversas vezes, sendo mais uma vez conivente com abuso de autoridade em desfavor da sua Torcida.

Recebemos hoje uma notificação para que nossa movimentação para o jogo de amanhã fosse cancelada com risco de multa no valor de R$200.000,00 e reclusão para os líderes das ações.

Estranho a tudo isso é analisar que ações parecidas foram feitas por outras torcidas, com apoio do clube, sem multa e ou prisão de qualquer responsável.

Hoje em dia, em Minas Gerais, para não sofrer retaliações fora da lei por quem deveria apenas cumpri-la, é necessário manter uma relação de amizade com interesses com o Major e Promotor empenhados. Quem apenas deveria cumprir a lei e zelar pela segurança, hoje define critérios técnicos, punições e ainda monitora relação de consumo entres associações mesmo estando expressamente proibido pela Constituição Federal no artigo 5°.

Em Minas, voltamos aos tempos do coronelismo e a omissão da Diretoria do Cruzeiro é parte de tudo isso. Um clube que defende sua torcida e suas liberdades constitucionais, por várias vezes tem tamanho e poder suficiente para impedir tais abusos. Infelizmente não é o caso do Cruzeiro, que se mostra mais uma vez inoperante.

Como já disse Samuel Rosa, seremos sempre oposição à essa elite mesquinha criada no coreto do parque municipal!

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