Em visita a Belo Horizonte, no dia 8 de fevereiro, Lula tornou a afirmar que é torcedor do Cruzeiro em Minas Gerais. Segundo o presidente da República (PT), o motivo para essa admiração foi a geração vitoriosa do clube nos anos 1960 e 1970. Um dos ídolos celestes citados pelo político foi o ex-atacante Joãozinho, que disse ter ficado feliz pela lembrança.
Lula também mencionou os ex-meia-atacantes Dirceu Lopes, Tostão e Natal e a conquista da Taça Brasil de 1966, em que o Cruzeiro goleou o Santos de Pelé por 6 a 2 no primeiro jogo das finais.
“Esse era o time da época dele (Lula), né. Foi algo marcante para ele. Ele ter me citado é algo que me deixa sem palavras para mensurar a alegria e a satisfação. Coisa boa! Principalmente quando a pessoa fala coisas boas, como ele falou, que virou cruzeirense por nossa causa. Isso é algo muito gratificante, em qualquer profissão. Você ser citado como um exemplo. Achei legal ser lembrado pelo lado bom da situação.
Joãozinho, em entrevista ao No Ataque
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Joãozinho atuou pelo Cruzeiro entre 1972 e 1976 e em 1984. Foram 485 jogos e 119 gols, sendo o mais marcante deles o do título da Copa Libertadores de 1976. Além do troféu continental, o ex-ponta-esquerda venceu cinco Campeonatos Mineiros.
“Eu tenho familiares na Bahia, tinha muito tempo que não falava com eles, e eles mandaram isso (do Lula) para mim. Eu acho que o legal de tudo isso, principalmente quando a gente faz alguma coisa bem feita, é receber o reconhecimento do próximo. Eu não vou dizer que o que fiz foi 100%, mas fiz faz ou menos e recebi o reconhecimento (risos)”, finaliza Joãozinho.
Declaração de Lula sobre o Cruzeiro
Veja, abaixo, a íntegra da declaração feita por Lula, no início de fevereiro, em evento no Minascentro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
“Eu quero que a gente construa uma relação civilizada no país. Dois políticos podem ser diferentes, ser de religiões diferentes, torcer para times diferentes. Por exemplo, eu sei que a maioria dos mineiros é atleticana, mas eu torço para o Cruzeiro”, iniciou.
“Eu nasci antes da geração do Paulo Isidoro. Eu nasci na geração do Tostão, do Dirceu Lopes, do Joãozinho, do Natal… Foi essa geração que me fez conhecer o futebol de Minas Gerais. Depois, veio o Atlético com aquele timaço (entre as décadas de 1970 e 1980), mas eu já tinha tomado a decisão. Eu vi o Cruzeiro enfiar 6 a 2 no Santos, de Coutinho, Pelé, Mengálvio e Pepe (na conquista da Taça Brasil de 1966)”, concluiu.