Autor de um dos gols mais importantes da história do Cruzeiro, o ex-atacante Elivélton desabafou e disse em entrevista ao jornalista Garcia Júnior que foi esquecido pela atual administração da SAF celeste.
“A atual diretoria nem sabe que eu estou vivo. Os caras não mandam um convite, não mandam nada, para ter camisa do Cruzeiro tenho que comprar. Infelizmente essa é a ralidade. Mesmo assim, eu tenho o maior carinho pelo Cruzeiro”, afirmou.
“A diretoria não tem tanta consideração assim, eles não reconhecem muito. Não falo só por mim, falo de 1976, quando os caras tiveram que jogar três jogos (três finais) para ser campeão (contra o River Plate), ninguém ouve falar desses jogadores. Agora, tem uns pés de rato, uns pernas de pau que viram ídolo, os caras não ganharam nada, fazem uma gracinha, jogam com cabeça sangrando e viram ídolos”, acrescentou.
Elivélton no Cruzeiro
Elivélton vestiu a camisa do Cruzeiro em 93 jogos (16 gols), nas temporadas 1997 e 1998. Ele conquistou os Campeonatos Mineiros de 1997 e 1998 e a Copa Liberadores da América de 1997.
Ele marcou o gol do título da segunda Libertadores do Cruzeiro. Depois de um empate sem gol contra o Sporting Cristal (0 a 0), no Peru, na primeira partida da final, o time celeste voltou para Belo Horizonte para decidir ao lado de sua torcida.
Com Mineirão lotado, o Cruzeiro venceu o time peruano por 1 a 0. O gol de Elivélton fez a torcida celeste explodir no Gigante da Pampulha. Hoje, ele afirma que a nova geração não o conhece.
“Com os mais novos hoje, a gente passa batido. Nesses dias mesmo, eu estive na loja do Cruzeiro em Contagem. Eu passei lá, tinha um amigo que estava querendo a camisa do Cruzeiro, entrei na loja do Cruzeiro, peguei a camisa, olhei, tirei foto com a taça da Libertadores, sai, ninguém falou nada, ninguém perguntou nada. Às vezes o rival me conhece, mas o próprio torcedor não me conhece”, disse.
Elivélton no Atlético?
O ex-atacante revelou que em 1997, antes de assinar com o Cruzeiro, esteve perto de fechar com o Atlético, mas preferiu vestir a camisa celeste e disputar a Copa Libertadores daquele ano.
“Eu estava no Palmeiras em 1996, eu não ia ficar no Palmeiras, o Atlético entrou em contato com o meu agente e já estava praticamente tudo certo, mas eu não tinha assinado ainda. Eu já estava com meus planos no Atlético. Não sei se o Zezé Perella ficou sabendo dessa transação e procurou meu empresário, que me perguntou se eu queria ir para o Atlético. O que pesou foi a Libertadores, eu queria disputar a Libertadores”.
