A família de José Victor dos Santos Miranda, torcedor do Cruzeiro assassinado no dia 29 de outubro pela Mancha Alviverde, mais conhecida como Mancha Verde, cobra indenização de R$ 9 milhões do Palmeiras na Justiça.
A informação foi divulgada pela coluna do jornalista Diego Garcia, no UOL.
No total, são quatro processos – um em nome da mãe e outros movidos por irmão e avós. Eles responsabilizam o Palmeiras pela ação violenta da Mancha Verde, formada por torcedores do clube paulista.
“A dor da precoce partida do filho gera impactos infindáveis, sentimentos de tristeza permanentes, e um desejo mordaz de alcançar a devida justiça”, diz o advogado que representa a família, segundo o UOL.
O Palmeiras ainda não foi notificado. Procurado, o clube não se pronunciou.
Atualmente, o Verdão não possui relação institucional com a organizada. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, rompeu com a torcida e possui medida protetiva contra dois integrantes da Macha Verde envolvidos na emboscada contra torcedores do Cruzeiro.
Morte de torcedor do Cruzeiro
Um torcedor do Cruzeiro morreu na emboscada realizada por palmeirenses em Mairiporã (SP). A vítima é José Victor Miranda, que estava em um dos ônibus utilizados pela organizada para viajar até Curitiba para acompanhar o jogo da Raposa contra o Athletico-PR, pelo Campeonato Brasileiro – derrota celeste por 3 a 0, no dia 26 de outubro.
Os torcedores retornavam a Belo Horizonte, quando foram surpreendidos por uma emboscada feita por membros da Mancha Verde. O ataque foi feito a dois ônibus com torcedores do Cruzeiro: um foi incendiado e outro teve vidros quebrados.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver dezenas de torcedores da Raposa ensanguentados, alguns, inclusive, desacordados, enquanto palmeirenses os atacam com barras de ferro.
Aos gritos, alguns membros da Mancha Verde se identificavam como “tropa do Moacir” e “tropa do Jorge”.
Proibição de participar de jogos
A Mancha Verde está proibida de frequentar jogos no estado de São Paulo. A determinação da Federação Paulista de Futebol (FPF) se baseia na emboscada realizada por alviverdes contra torcedores do Cruzeiro ligados à Máfia Azul.
A FPF determinou que ‘indumentárias e objetos’ ligados à organizada palmeirense não poderão entrar nos estádios paulistas. Na prática, os membros da Mancha Verde podem frequentar os jogos, mas sem identificação com a torcida (como faixas, camisas e bandeiras).
A decisão foi publicada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). A nota da FPF não estipula prazo para que a punição seja encerrada.
Em nota divulgada no dia 28 de outubro, a organizada do Palmeiras disse que “não organizou, participou ou incentivou qualquer ação” contra os ônibus da Máfia Azul.