Eliminado pelo América na semifinal do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro faz um início de ano decepcionante. Em 10 jogos pelo Estadual, a Raposa venceu três, obteve quatro empates e saiu derrotado de campo três vezes. O aproveitamento é de 43,3%, o segundo pior entre os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, como mostra levantamento do No Ataque.
Apesar de ter investido alto em atletas de renome, casos de Gabigol, Dudu e Fabrício Bruno, o Cruzeiro encontra dificuldade para encaixar o time. As trocas de treinadores também atrapalham o processo. Só em 2025, três técnicos comandaram o time à beira do campo: Fernando Diniz, Wesley Carvalho (interino) e Leonardo Jardim.
Anunciado em 4 de fevereiro, Leonardo Jardim dirigiu o time em três jogos, com dois empates e uma derrota. Ele espera usar o tempo disponível com a eliminação no Mineiro para trabalhar o time. O próximo jogo do Cruzeiro será apenas em 29 de março, contra o Mirassol, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
“Podemos melhorar o elenco, e a direção sabe a minha opinião, tem algumas peças que faltam para fazer a equipe competitiva. Vamos aproveitar este período de cinco semanas para que possamos progredir para outro nível”, disse o treinador.
“O clube sabe qual a minha opinião sobre o elenco. Eu acredito que temos um grupo de jogadores em sub-rendimento, que pode fazer mais e melhor, e acredito que ele vai evoluir”, acrescentou o português.
Botafogo em situação mais delicada
Apenas o Botafogo tem aproveitamento menor que o do Cruzeiro na temporada. O Fogão disputou 13 jogos neste ano, com quatro vitórias, um empate e oito derrotas (33,3%). O time carioca perdeu os melhores jogadores na última janela: o meia-atacante Thiago Almada foi repassado ao Lyon, enquanto o atacante Luiz Henrique acertou com o Zenit. Muitos nomes foram anunciados, mas nenhum reforço de peso. Para piorar, o clube foi eliminado do Campeonato Carioca e está sem técnico desde a saída de Artur Jorge, em dezembro do ano passado.
Aproveitamento dos times da Série A
- Botafogo – 13 jogos: quatro vitórias, um empate e oito derrotas (33,3%)
- Cruzeiro – 10 jogos: três vitórias, quatro empates e três derrotas (43,3%)
- Mirassol – 12 jogos: cinco vitórias, um empate e seis derrotas (44,4%)
- Bragantino – 12 jogos: cinco vitórias, dois empates e cinco derrotas (47,2%)
- Santos – 12 jogos: cinco vitórias, três empates e quatro derrotas (50%)
- Fluminense – 11 jogos: quatro vitórias, cinco empates e duas derrotas (51,5%)
- São Paulo – 12 jogos: cinco vitórias, quatro empates e três derrotas (52,7%)
- Vasco – 12 jogos: cinco vitórias, cinco empates e duas derrotas (55,5%)
- Sport – 13 jogos: sete vitórias, três empates e três derrotas (61,5%)
- Palmeiras – 12 jogos: seis vitórias, cinco empates e uma derrota (63,8%)
- Bahia – 13 jogos: sete vitórias, cinco empates e uma derrota (66,6%)
- Fortaleza – 9 jogos: seis vitórias e três derrotas (66,6%)
- Grêmio – 10 jogos: seis vitórias, três empates e uma derrota (70%)
- Juventude – 9 jogos, seis vitórias, um empate e uma derrota (70%)
- Corinthians – 13 jogos: oito vitórias, quatro empates e uma derrota (71,7%)
- Flamengo – 12 jogos: oito vitórias, dois empates e duas derrotas (72,2%)
- Atlético – 11 jogos: sete vitórias e quatro empates (75,7%)
- Vitória – 13 jogos: nove vitórias e quatro empates (79,4%)
- Ceará – 9 jogos: sete vitórias, um empate e uma derrota (81,4%)
- Internacional – 9 jogos: sete vitórias e dois empates (85,1%)