William viveu ano de contestação por parte da torcida do Cruzeiro. Ainda assim, fez-se essencial no apoio ao setor ofensivo. O lateral-direito é, ao lado do atacante Kaio Jorge e do meio-campista Matheus Pereira, o líder em assistências da equipe na temporada recém-findada.
Sem considerar acréscimos, o camisa 12 esteve em campo por 3.910 minutos (70% dos compromissos do Cruzeiro), o equivalente a 50 jogos – cinco na Copa Sul-Americana, sete na Copa do Brasil, oito no Campeonato Mineiro e 30 no Campeonato Brasileiro, sendo 43 na condição de titular.
No tempo em que atuou, William distribuiu nove assistências, mesma quantidade que Kaio Jorge e Matheus Pereira – o primeiro ainda soma 26 gols, enquanto o segundo marcou sete vezes. Essa é a segunda melhor temporada do lateral-direito no quesito participações em gols. No ano passado, o defensor conseguiu números melhores ao distribuir 10 passes para gols e balançar as redes em cinco oportunidades.
William sofreu com algumas críticas ao longo do ano, em função especialmente da atuação defensiva. Ao fim da temporada, logo após a eliminação na Copa do Brasil, o atleta pregou compromisso com o clube, projetou glórias e garantiu “sangue nos olhos e fome de vitórias”.
“A temporada encerra de uma maneira que não gostaríamos. Trabalhamos duro todos os dias para coroar um 2025 de evolução. Esse elenco provou que o Cruzeiro é um dos gigantes desse país e deve estar sempre brigando por títulos. Tenho muito orgulho de carregar esse escudo no peito e retribuir a confiança que foi depositada em mim. Temos certeza de que estamos no caminho certo e grandes coisas estão por vir. Seguimos com sangue nos olhos e fome de vitórias”, disse.
Jogadores mais utilizados pelo Cruzeiro em 2025
No início do ano, William carregava o status de titular incontestável. Depois, revezou brevemente a posição com Fagner, emprestado ao Cruzeiro até o fim de 2025. O atleta que pertence ao Corinthians se lesionou e demorou a retornar. Enquanto isso, o dono da camisa 12 aproveitou a minutagem – e não chegou a ser incomodado por Kauã Moraes, jovem de 19 anos que assinou com a Raposa já em setembro.
William ocupa a quinta posição na lista de atletas mais utilizados pelo Cruzeiro na temporada. Com cinco jogos a mais, o goleiro Cássio lidera. Completam o top 5 o zagueiro Fabrício Bruno (53), o volante Lucas Romero (52) e o lateral-esquerdo Kaiki e os meio-campistas Matheus Pereira e Eduardo (os três com 51).
- Cássio: 55 jogos
- Fabrício Bruno: 53
- Lucas Romero: 52
- Kaiki, Matheus Pereira e Eduardo: 51
- William: 50
- Lucas Silva e Gabi: 49
- Christian: 47
- Kaio Jorge: 46
- Villalba: 45
- Wanderson: 37
William no Cruzeiro
William chegou ao Cruzeiro em 2023, conseguiu recuperar ritmo de jogo – no clube anterior, o Wolfsburg, da Alemanha, sofria com problemas físicos – e assumiu a titularidade da equipe. No primeiro semestre do ano seguinte, viveu o melhor momento. Não à toa, recebeu chance na Seleção Brasileira e o título de melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro na premiação Bola de Prata.
O desempenho da Raposa piorou drasticamente no fim da temporada. Consequentemente, o clube não conseguiu vaga na Copa Libertadores e perdeu – de forma incontestável – a final da Copa Sul-Americana. Naturalmente, William não se destacou em campo e caiu de rendimento.
Já criticado pelas atuações, precisou lidar com momento sensível. Após perder um dos pênaltis na semifinal do Campeonato Mineiro de 2025, contra o América, foi alvo de ameaça e viu manequim mutilado com sua camisa ser pendurado em um viaduto de Belo Horizonte. Diante de tamanha pressão, o Cruzeiro se recusou a negociar o lateral-direito por confiar em retomada.
Ao longo da temporada, William demonstrou tranquilidade em relação ao momento de instabilidade. Homem de confiança do então técnico Leonardo Jardim, atuou em 50 partidas e distribuiu nove assistências.
