Na onda das lutas de boxe entre celebridades, o apresentador Danilo Gentili, do programa The Noite, do SBT, desafiou um youtuber acusado de racismo pelo Ministério Público Federal (MPF) em janeiro deste ano.
Aos 44 anos, Danilo Gentili desafiou para uma luta de boxe o youtuber e humorista Júlio Cocielo, 14 anos mais novo. O apresentador lançou o desafio no próprio programa The Noite que foi ao ar na última terça-feira (26/3). Durante a atração, ele entrevistava a esposa de Cocielo, a influencer Thayse Estaniecki, a Tatá.
“Eu vou ficar bombadão e vou desafiar o Cocielo no boxe. Cocielo, fim do ano, eu estarei bombadão, você no auge dos seus 30 anos, eu no auge dos meus 35 (risos), vou sair na porrada com você”, desafiou Danilo Gentili.
A produção do programa ainda colocou no ar uma imagem do fisiculturista Kleber Bambam logo após ser nocauteado em 36 segundos pelo tetracampeão mundial Acelino Popó Freitas. “É assim que você [Cocielo] vai ficar quando acabar”, brincou o apresentador.
Acusado de racismo
No início deste ano, o MPF pediu a condenação de Júlio Cocielo por racismo. Isso porque o youtuber fez nove publicações consideradas racistas no Twitter (rede social chamada hoje de X) entre 2011 e 2018.
Entre as publicações que mais repercutiram está uma frase direcionada ao atacante francês Kylian Mbappé durante a Copa do Mundo de 2018. “Conseguiria fazer uns arrastão top na praia, hein”, escreveu o youtuber que, ainda naquele ano, gravou um vídeo pedindo desculpas. “Fiz um comentário muito zoado. Muito mal explicado. Sem querer espalhei o ódio e acabei sendo uma pessoa que eu não sou”, disse.
Em outra publicação no Twitter, Cocielo escreveu: “O Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas, mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”.
Cocielo deve ser julgado e, se condenado, pode pegar até cinco anos de prisão por cada postagem analisada no processo.
Em nota enviada ao site Jota, em janeiro, a defesa de Cocielo negou a prática de crime. Além disso, sustentou que. por Cocielo ser um humorista, “em momento algum praticou qualquer ato discriminatório, pelo contrário, pois publicou, em sua plataforma de trabalho, piadas e críticas sociais”.
