![Anéis olímpicos (foto: Divulgação/Paris 2024)](https://noataque.com.br/wp-content/uploads/2024/03/JogosOlimpicosParis-Olimpiada-SelecaoBrasileira-Futebol-FutebolNacional-FutebolInternacional-1-570x321.png)
A conquista de uma medalha olímpica é uma das maiores glórias que um atleta pode ter ao longo da carreira. Adriana Araújo atingiu esse feito em Londres 2012, ao ganhar o bronze e se tornar a primeira brasileira medalhista no boxe. A vida após a Olimpíada, entretanto, foi cruel com a pugilista, que precisou se desfazer do prêmio.
Em entrevista ao uol, Adriana revelou que passou por dificuldades pós-Londres e, por esse motivo, teve de leiloar a medalha: “A necessidade financeira me levou ao leilão. Penso em fazer isso desde 2022, mas fui empurrando, buscando outros meios de sobreviver. Até que as coisas realmente apertaram”.
A medalha conquistada por Adriana Araújo em 2012 é histórica também por ter sido a centésima do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Ainda sim, ela não conseguiu se manter apenas como atleta nos anos seguintes, tendo trabalhado como agente de saúde, funcionária de empresas e até como motorista de aplicativo.
“Essa foi uma das piores decisões da minha vida. Mas procurei ser racional. Se a gente só pensar nos sentimentos, não consegue fazer nada. Vender a medalha foi muito difícil. A necessidade falava mais alto. Eu precisava seguir minha vida”, contou.
Medalha voltou para as mãos de Adriana
O bronze olímpico foi leiloado por R$ 150 mil. E, para a felicidade de Adriana, ela ficou com o dinheiro e recebeu a medalha de volta. O arremate foi feito por uma casa de apostas brasileira que decidiu devolver o prêmio à pugilista.
“Quando me devolveram a medalha, tive a sensação de ganhá-la pela segunda vez. Chorei para caramba e fiquei muito feliz. Foi um sentimento de dever cumprido. De gratidão”, comemorou Adriana.