CRUZEIRO

Ex-atleta se manifesta sobre polêmica no Cruzeiro: ‘Tem que ter hierarquia’

Lateral do Cruzeiro na década de 1990 criticou atitude do atacante Henrique Dourado diante do companheiro Bruno Rodrigues
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O Cruzeiro já virou a página após a derrota para o Fluminense, por 2 a 0, no Mineirão, na última quarta-feira (10/5). O foco agora é buscar a reabilitação no Campeonato Brasileiro no clássico com o América-MG, no próximo domingo (14/5), no Independência. No entanto, um assunto que causa controvérsia ainda repercute. Isso porque um ex-jogador, que vestiu a camisa celeste na década de 1990, se manifestou sobre a polêmica discussão envolvendo os atacantes Bruno Rodrigues e Henrique Dourado.

No segundo tempo da partida contra o Fluminense, Bruno Rodrigues bateu um pênalti, mas o goleiro Fábio defendeu. O árbitro mandou voltar o lance porque o arqueiro do Tricolor das Laranjeiras se adiantou. Em seguida, teve início a polêmica, pois Henrique Dourado foi pra cima de Bruno Rodrigues e tentou convencê-lo, de forma abrupta, a deixá-lo bater a segunda tentativa.

Diante da investida nada amistosa do companheiro, Bruno Rodrigues ficou abalado e errou novamente a cobrança de pênalti. O jogador chegou a chorar dentro de campo e foi consolado, inclusive, por dois jogadores do Fluminense.

O que pensa o ex-jogador do Cruzeiro?

Para o ex-lateral do Cruzeiro, Paulo Roberto Costa, Henrique Dourado faltou com respeito à hierarquia do técnica Pepa. O português já havia determinado que Gilberto é o cobrador de pênaltis do time. Como ele não estava mais em campo diante do Fluminense, o segundo da lista é justamente Bruno Rodrigues. O “Ceifador” sequer faz parte da lista de cobradores, como esclareceu o treinador após a partida.

“Tem que ter uma hierarquia e ser respeitada. O Bruno Rodrigues era o batedor oficial e, se o árbitro mandou repetir, ele naturalmente tinha de ir, a não ser que estivesse sentindo algum problema. A princípio, o atacante estava com a personalidade de bater novamente o pênalti, mas como aconteceu aquela confusão toda com o Henrique Dourado, o Bruno Rodrigues foi para a bola bem nervoso. Aquilo o abalou muito psicologicamente”, afirmou Paulo Roberto, em entrevista ao site “Lance”.

O ex-lateral, campeão com o Cruzeiro da Copa do Brasil, da Supercopa Libertadores e de dois estaduais, ainda relembrou como era a questão de cobrança de pênaltis em sua época enquanto jogador. “A ordem era de designar a cobrança para o batedor oficial caso o atleta estivesse jogando. O oficial é quem treina melhor. Eu era o batedor oficial e treinava mais. Só mesmo se eu não estivesse bem fisicamente ou psicologicamente, passava para o segundo melhor batedor e assim sucessivamente”, concluiu.

Paulo Roberto Costa, inclusive, jogou ao lado do hoje “patrão” do Cruzeiro: Ronaldo, sócio majoritário da SAF. O ex-lateral era o capitão daquele time campeão da Copa do Brasil de 1993 que bateu o Grêmio na final, por 2 a 1, no Mineirão, em junho.

Ronaldo, então com 16 anos, já fazia parte do elenco profissional do Cruzeiro e começava a despontar para o futebol. Mas ele não disputou nenhum jogo da campanha vitoriosa, que tinha no ataque jogadores como Roberto Gaúcho, Edenílson e Éder Aleixo.

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