Meio-campista do América, Miguelito foi julgado pelo pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta segunda-feira (19/5). O jogador recebeu suspensão de cinco jogos.
Miguelito foi acusado de racismo durante uma partida contra o Operário-PR, no Estádio Germano Krüger, pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, o árbitro Alisson Sidnei Furtado sinalizou o protocolo antirracista da FIFA, implementado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e paralisou o duelo.
O América também foi julgado e, de forma unânime, inocentado. O Coelho poderia perder de mando de campo ou pontos conquistados na Série B.
Miguelito, por sua vez, deverá cumprir a suspensão por cinco partidas. O América informou que tentará aplicar efeito suspensivo para que o meia possa atuar até que um novo julgamento seja marcado.
O caso
O episódio de racismo foi registrado em 4 de maio (domingo), no duelo entre América e Operário-PR.
Aos 30 minutos do primeiro tempo, uma confusão se iniciou perto do meio de campo entre o atacante Allano e o meio-campista Miguelito. Imediatamente, o jogador do Operário-PR partiu para cima do atleta do Coelho. Os demais colegas tentaram o conter.
Na sequência, Allano indicou que Miguelito teria proferido ofensa racista. O árbitro Alisson Sidnei Furtado seguiu o protocolo global antirracista e fez o gesto de braços cruzados na frente do peito, sinalizando que um jogador está sendo alvo de preconceito racial. A partida, então, foi paralisada.
Na arquibancada, os torcedores gritaram “racista” e protestaram. A confusão se estendeu até mesmo no banco do Coelho, que estava bem próximo da torcida adversária. Um torcedor, inclusive, foi retirado pela Polícia Militar.
Foram quase 15 minutos de paralisação da partida. Quando o jogo retornou, Allano tentou acertar Miguelito com o cotovelo e recebeu cartão amarelo. O Operário-PR venceu a partida por 1 a 0.
