Lista enviada ao Ministério Público do Rio de Janeiro pela empresa CCFácil mostra 900 consultas feitas pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino da vereadora Marielle Franco (PSOL), entre 2006 e 2018. Além dos dados da política carioca, um dos nomes pesquisados foi o da ex-nadadora olímpica Joanna Maranhão.
As informações da ex-atleta foram consultadas no dia 2 de julho de 2015. No mesmo dia, ela havia criticado a aprovação da redução da maioridade penal. Joanna Maranhão fala frequentemente sobre direitos humanos e tem sua imagem pública atrelada à esquerda.
Em suas redes sociais, Joanna comentou o fato de ter sido alvo das buscas do assassino confesso de Marielle. “Já ‘tô’ sabendo da notícia de quais outras pessoas o assassino de Marielle tinha pesquisado no computador dele. Não precisa me marcar. O alvo é o que a gente defende: direitos humanos. Essa gente não vai vencer”, disse em sua conta no X (antigo Twitter).
Além de Joanna Maranhão, figuras públicas como Caetano Veloso e Tico Santa Cruz tiveram seus dados pesquisados por Ronnie Lessa. Informações de Marielle Franco e sua filha foram consultadas um dia antes da morte da vereadora.
A informação é da Folha de São Paulo. Segundo o jornal, foi a partir desta lista, apontada como prova do crime, que Lessa negociou o início da delação e apontou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como pontos focais do crime.
Segundo o ex-PM, ele cometeu o assassinato para se tornar sócio da família Brazão em uma milícia.
Joanna Maranhão na natação
Joanna Maranhão começou nadar aos 3 anos e, desde então, se apaixonou pelas águas. Conquistou sua primeira medalha dos Jogos Pan-Americanos em 2003, em Santo Domingo.
No decorrer de sua carreira, disputou Olímpiadas, mas foi nos Jogos Pan-Americanos que conquistou mais outras sete medalhas. As três de prata vieram em Guadalajara, em 2011 (duas), e em Toronto, em 2015.
Além do bronze de 2003, Joanna coleciona outros quatro bronze, conquistados no Rio, em 2007; em Guadalajara, em 2011, e em Toronto, em 2015 (duas).
