O ex-jogador de vôlei Tande, campeão olímpico nos Jogos de Barcelona, em 1992, disse que não imaginava que poderia ter sofrido um infarto. Em entrevista à Record, ele se emocionou ao afirmar que poderia ter morrido se não procurasse o hospital.
“Eu sou campeão olímpico, mundial, campeão na praia, palestrante, lancei livro… eu achava que, no máximo, seria uma pneumonia. A médica vira e fala: ‘quando tem essa alteração aqui, é enfarte’. Eu falei: ‘Oi? O que é isso? Não é possível’. Aí do nada ela falou: ‘E tem mais: você vai ser internado agora'”, revelou.
Tande relatou ter sentido sinais do infarto, como palpitações, falta de ar e dores no ouvido. Além do entupimento de 98%, ele também teve duas artérias com 78% e 73% de obstrução.
Aos 54 anos, o ex-jogador disse que não reconheceu os sintomas. “Subindo a escada de casa, já ficava ofegante. O atleta de alta performance pensa que precisa melhorar no aeróbico. (Na Disney, brinquei com meus filhos): ‘meninos, abriu a fila lá. Vamos correr’. Eu cheguei antes dos meus filhos, que têm 25 e 21 anos, mas parecia que eu estava tomando facadas no pulmão. A mandíbula comprime e eu sentia a dor repercutir no ouvido.”
Tande foi informado pelo cardiologista que poderia ter morrido em pouco tempo. “Ele disse: ‘Tenho uma notícia boa e ruim. A boa é que você não vai precisar botar safena e abrir o tórax. A ruim, campeão, é que tu tinha de duas horas a uma semana para morrer. Você está entupido'”, revelou o ex-atleta.
Histórico familiar
Apesar de nunca ter fumado, bebido ou usado drogas, Tande relembrou que familiares morreram precocemente de problemas no coração.
“Muitas pessoas ficaram: ‘caramba, se aconteceu com um atleta campeão olímpico, pode acontecer comigo. Será que ele cuidava?’. Nunca fumei, nunca bebi e nunca me droguei. Mas meu avô morreu muito cedo, ele enfartou. Meu tio, em um futebol de sábado, foi para o ataque e, quando ele voltou correndo, caiu duro aos 42 anos.”