VÔLEI

Vôlei: Cruzeiro se posiciona contra ataques homofóbicos direcionados a Douglas Souza

Reforço do Cruzeiro para a temporada 2024/25 do vôlei brasileiro, ponteiro Douglas Souza tem sido alvo de ataques homofóbicos nas redes sociais
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Reforço do Cruzeiro para a temporada 2024/25 do vôlei brasileiro, Douglas Souza tem sido alvo de ataques homofóbicos nas redes sociais. A Raposa, então, se posicionou contra as manifestações preconceituosas, reiterou compromisso com a inclusão e desejou boas-vindas ao campeão olímpico com a Seleção Brasileira em 2016.

“No Sada Cruzeiro, valorizamos cada título conquistado, cada partida vencida e, acima de tudo, valorizamos as pessoas. Acreditamos que um time vencedor é formado por indivíduos que se apoiam mutuamente e que se levantam em nome do respeito e da igualdade”, declarou a equipe.

Em seguida, frisou o talento do ponteiro e colocou em jogo o respeito: “Douglas Souza tem um currículo com conquistas que muitos sonham. Ele foi contratado pelo jogador que é, com habilidades excepcionais que o colocam entre os melhores do mundo. E a chegada deste atleta reforça para todos nós uma mensagem vital: no esporte, assim como na vida, o respeito é inegociável”.

Disse, ainda, que a chegada de Douglas impacta além da quadra: “Sua presença em nossa equipe não só fortalece nosso elenco, mas também fortalece nossos valores e nosso compromisso com a inclusão, diversidade, respeito e valorização das pessoas”.

Entenda o caso

O Cruzeiro anunciou a contratação de Douglas nessa quarta-feira (5/6). Parte dos comentários da publicação feita no Instagram exaltou a habilidade do ponteiro. Outra parcela, no entanto, deixou mensagens de cunho homofóbico. Rapidamente, os próprios torcedores celestes inibiram os dizeres preconceituosos.

Douglas chegou a ser convocado pelo técnico Bernardinho para defender a Seleção Brasileira na Liga das Nações (VNL) neste ano, mas recusou por questões relacionadas à saúde mental.

De acordo com o próprio jogador, a decisão, compartilhada em março de 2022, foi impactada também pela orientação sexual. Ele se tornou o primeiro jogador da Seleção Masculina de Vôlei a assumir abertamente a homossexualidade, em 2018.

“Você recebe vários nãos: não pode fazer isso, não pode falar aquilo, não pode sei lá o quê… Quando tive a minha primeira convocação, ouvi muito isso. De pessoas que andavam comigo, que falavam que eram meus amigos e diziam: tudo bem, você é gay, a gente gosta de você, mas quando chegar na Seleção, você não pode falar isso para ninguém”, disse ele em entrevista ao Profissão Repórter.

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