Os fãs que anseiam o retorno de Nyeme às quadras deverão ter que aguardar mais pelo momento. Nesta terça-feira (15/7), a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou que Zé Roberto inscreveu a líbero de 26 anos para a disputa do Mundial Feminina de Vôlei, na Tailândia, entre 22 de agosto e 7 de setembro. Mas o No Ataque apurou que a mãe da Antonella não deve disputar a competição pela Seleção Brasileira Feminina de Vôlei.
Como de costume, o técnico Zé Roberto Guimarães teve que inscrever um número maior de atletas para uma competição. Para a Liga das Nações de Vôlei (VNL), foram 30 jogadoras registradas, mas o treinador convocou um grupo menor, já que não gosta de conduzir treinamentos com um elenco “inchado” – as líberos Kika, Laís e Marcelle foram chamadas, enquanto Paulina só foi inscrita. Além disso, para as partidas, o limite é de 14 nomes.
Já para o Mundial de Vôlei, a Seleção Brasileira Feminina teve que inscrever 25 atletas, e a lista foi divulgada nesta terça. A grande novidade foi a volta de Nyeme na “vaga” de Paulina. A partir desse registro, ela tem chances de estar com o Brasil no torneio. Porém, a ida da líbero medalhista de bronze na Olímpiada de Paris 2024 para o país no Sudeste da Ásia é improvável. Entenda o cenário abaixo.
Nyeme jogará o Mundial de Vôlei?
A última partida de vôlei de Nyeme foi justamente pela Seleção Brasileira na disputa do terceiro lugar dos Jogos Olímpicos, em agosto do ano passado. Depois disso, a atleta se afastou do esporte, engravidou, e a filha Antonella nasceu em 2 de maio.
Já pensando no retorno ao voleibol, a líbero voltou a praticar atividades físicas, como publicou nas redes sociais. Porém, a dedicação de Nyeme ainda é ao bebê de dois meses, como o No Ataque ouviu de uma fonte próxima à jogadora. Ela segue no Maranhão, estado onde nasceu e morou nos últimos meses. Uma outra fonte disse à reportagem que vê como “impossível” a ida da atleta ao Mundial.
A reportagem também procurou pessoas conectadas à Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, que alegaram que a ação de Zé Roberto Guimarães foi apenas de inscrever a atleta. Como é uma lista larga, não necessariamente Nyeme será convocada. Durante o Mundial, por exemplo, a filha Antonella terá menos de quatro meses, e a competição será do outro lado do planeta.
Por fim, outra fonte falou à reportagem sobre o retorno de Nyeme ao vôlei. Ela é esperada em Belo Horizonte para assinar contrato e recomeçar as atividades com o Minas Tênis Clube apenas em setembro devido ao nascimento da filha.
As questões físicas e, principalmente, maternais que envolvem o retorno ao vôlei dificultam a presença de Nyeme ao Mundial de Vôlei. Não é impossível, mas, atualmente, o cenário para ter a líbero com a camisa da Seleção neste ano é complicado.
Zé Roberto Guimarães contou com Laís como titular nas duas primeiras semanas da VNL, Kika foi acionada – e depois foi cortada da viagem ao Japão, na terceira semana -, e Marcelle foi titular e fez bons jogos nessa última etapa antes da fase final da Liga das Nações. Essas devem ser as opções do treinador do Brasil para o Mundial.
Nyeme na Seleção Brasileira
A história de Nyeme na Seleção Brasileira começou há quatro anos. Zé Roberto Guimarães convocou a líbero pela primeira vez em 2021. Ela estreou logo na VNL e terminou com a prata. Antes, a líbero jogou pelas equipes de base do Brasil.
Com a camisa da Seleção Brasileira principal, venceu duas edições do Sul-Americano (2021 e 2023) e conquistou a prata na VNL (2021 e 2022) e no Mundial (2022), além da medalha de bronze em Paris 2024.