A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) se manifestou sobre a denúncia de agressão feita pela central do Minas Thaisa. A bicampeã olímpica cobrou uma postura da entidade após a situação presenciada no Ginásio José Liberatti, na sexta-feira (6/12), depois da vitória minas-tenista sobre o Osasco, pela nona rodada da Superliga feminina.
A CBV diz estar apurando os fatos ocorridos naquele dia: “A Confederação Brasileira de Voleibol não admite e combate qualquer tipo de ato violento ou desrespeitoso com atletas e comissões técnicas que participam da Superliga. Seguindo o protocolo estabelecido para as partidas, a CBV já está fazendo o levantamento do material relacionado à partida Osasco São Cristóvão Saúde x Gerdau Minas”.
Segundo a entidade, estão sendo analisadas imagens da transmissão, além de súmula, relatório do delegado e as manifestações de atletas e clubes envolvidos.
“Este material será encaminhado aos órgãos competentes (STJD e Comitê de Ética), para que sejam tomadas as medidas cabíveis. A CBV acompanhará os desdobramentos do caso, e reforça seu compromisso com a garantia de um ambiente seguro para todos em suas competições”, assegura a CBV.
Thaisa denuncia ‘agressão’
Thaisa disse ter visto um torcedor do Osasco atirar um objeto na quadra, que teria acertado a oposta Kisy, do Minas.
“O objeto que jogaram lá em Osasco acertou a perna da Kisy sim. Eu achei que não tinha acertado, que ela tinha pulado para trás, mas pegou. Esse esclarecimento que deram, que tiraram o torcedor, mentira. Depois, eu recebi o Viva Vôlei, fui cumprimentar a torcida, e ele estava lá sentado, porque eu vi quem jogou. Ele jogou e ficou sentado. Algumas pessoas ficaram na frente dele meio que tentando esconder, mas ele ficou sentado no mesmo lugar que ele estava, que ele jogou, ele estava lá. E ficou, tá? Até a hora que eu fui sair da quadra, ele estava lá ainda”, comentou a jogadora, em vídeo nas redes sociais.
Ela rebateu nota do Osasco – que disse ter identificado e retirado o torcedor do ginásio – e cobrou uma intervenção da CBV no caso: “Então assim, não, não tiraram [o torcedor]. Eles estão tentando minimizar a situação. CBV, vocês precisam intervir porque não foi só comigo. Já aconteceu com outras, já aconteceu outras vezes comigo. Então assim, agressão, não. Não. Já basta a agressão verbal que eles fazem, mas ainda assim você vai falar: ‘Beleza, torcida, deixa pra lá’. Mas a agressão física, de jogar coisas para machucar atleta, já tá passando de todos os limites”.
A bicampeã olímpica, que atua no Minas desde 2019, é ex-jogadora do Osasco. Thaisa lamentou a postura de alguns torcedores, que beira o desrespeito.
“Eu acho que torcer contra, vibrar, faz parte do jogo. É normal. Xingar até acontece. Mas passam do limite com os atletas. É muita falta de respeito. Eu fico muito triste, principalmente porque eu sei que eu dei minha vida quando eu estava aqui, então, assim, muita falta de respeito não só comigo, mas com as outras jogadoras”, disse a central do Minas em entrevista ao SporTV 2 após a partida.
