VÔLEI

Quem é Lorenzo Pintus, novo técnico do time feminino de vôlei do Minas?

Após Stefano Lavarini e Nicola Negro, o técnico Lorenzo Pintus dará sequência à "linhagem" de italianos no comando do vôlei feminino do Minas

Compartilhe
google-news-logo

O “bastão” do comando do time feminino de vôlei do Minas Tênis Clube será passado de um italiano para outro italiano mais uma vez. Embora ainda não tenha sido anunciado, o treinador Lorenzo Pintus está em Belo Horizonte há semanas e será oficializado nos próximos dias como substituto do compatriota Nicola Negro. Mas quem é o novo técnico do Minas? Veja mais detalhes sobre o comandante de 43 anos abaixo.

A apresentação de Lorenzo Pintus como novo treinador do Minas ocorrerá no sábado (16/8), no evento gratuito “Minas na Rua”, que ocorrerá na Rua da Bahia, ao lado do Minas I – para entrar, o torcedor deve retirar o ingresso no Sympla

A carreira de Lorenzo Pintus, novo técnico de vôlei do Minas

Lorenzo Pintus ainda tem uma curta carreira como técnico, mas teve uma passagem que chamou a atenção pelo Casalmaggiore, logo no seu primeiro trabalho na elite. No início de 2024, ele deixou de ser auxiliar, assumiu o comando após a demissão do treinador Marco Musso e protagonizou um “milagre”, como definiu uma publicação da época no tradicional jornal italiano La Gazzetta dello Sport.

Isso ocorreu em meados da temporada 2023/24, quando o Casalmaggiore estava na zona de rebaixamento da Liga Italiana, Pintus assumiu e transformou o time. A mudança na área técnica mudou o ambiente, e o time venceu três das quatro partidas seguintes, permanecendo na elite do vôlei da Itália.

Só que, ao fim da temporada, o Casalmaggiore vendeu a vaga para o Cuneo, em uma transferência de “título esportivo” que é comum no vôlei italiano. Mas as “atuações impressionantes” – como definido pela imprensa italiana – de Pintus na reta final de 2023/24 sustentaram a permanência no cargo, agora representando outra equipe.

Em 2024/25, ele teve a única oportunidade de comandar uma equipe por toda uma temporada na elite do vôlei e até conseguiu melhorar o desempenho do Cuneo – que havia caído no ano anterior e só seguiu na elite porque comprou a vaga -, mas não foi uma evolução significativa.

A equipe de Lorenzo Pintus terminou na 11ª colocação da Liga Italiana – que tem 14 equipes – com apenas oito vitórias em 26 partidas. O desempenho garantiu a permanência do Cuneo na elite, mas encerrou a temporada precocemente, já que ficou fora da fase final. Logo, a oportunidade de treinar o Minas é a primeira no exterior e mais importante oportunidade do comandante.

“Linhagem” de italianos no comando do Minas

Já existe uma “linhagem” bem considerável de italianos no comando do time feminino de vôlei Minas Tênis Clube. E as expectativas sobre Lorenzo Pintus crescem justamente ao levar em consideração os compatriotas.

O primeiro foi Stefano Lavarini, que ficou na equipe minas-tenista entre 2017 e 2019. O italiano, que atualmente comanda a Polônia e o Vero Volley Milano, conquistou a Superliga de 2018/2019, a Copa Brasil de 2019 e duas edições do Sul-Americano – 2017/2018 e 2018/2019 -, além do bicampeonato do Mineiro e o vice-campeonato do Mundial de 2018/2019.

Para substituir o italiano, o Minas apostou em um outro representante da “Terra da Bota” e deu ainda mais certo. Nicola Negro comandou a equipe por seis temporadas entre 2019 e 2025 e se tornou o técnico mais vitorioso do vôlei feminino minas-tenista: três Superligas (2020/2021, 2021/2022 e 2023/2024), duas Copas Brasil (2021 e 2023), duas Supercopas (2023 e 2024), três Sul-Americanos (2020, 2022 e 2024) e três Mineiros (2020, 2022 e 2024).

A saída de Nicola, que comandará o Chieri em 2025/26, ocorreu após uma temporada frustrante, que teve apenas o título do Estadual e quedas nas semifinais da Superliga, Sul-Americano e Copa Brasil. Para o lugar do técnico que marcou era, o Minas optou por não mudar a nacionalidade.

Até por essa “linhagem”, Lorenzo Pintus chega “sob pressão” no comando do Minas. Nascido em 26 de outubro de 1981, o técnico de 43 anos não foi jogador de vôlei e entendeu que gostaria de estar na área técnica precocemente, logo aos 20 anos. Torcedor da Inter de Milão no futebol, o novo comandante do Minas também é fã de música, toca bateria e já citou em entrevistas que gosta do Festival de Sanremo, tradicional concurso anual de música popular na Itália.

Compartilhe
google-news-logo