Multicampeã pelo Praia Clube, a levantadora Claudinha encerrou a pausa na carreira para ser mãe e foi anunciada nesta terça-feira (26/8) pelo Bauru, atual vice-campeão da Superliga Feminina de Vôlei.
A jogadora de 37 anos não atua desde o final de abril de 2024, quando anunciou que deixaria o esporte momentaneamente para se dedicar so sonho de ser mãe. Em outubro, ela anunciou a gravidez junto ao marido, o ala de futsal Pixote, que à época jogava pelo Tubarão-SC.
No dia 27 de março deste ano, Claudinha deu luz à pequena Maria Eduarda em uma maternidade localizada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte – o esposo havia se transferido para o Cruzeiro e, por isso, ela estava vivendo na capital mineira.
No Bauru, a atleta deverá ser reserva de Dani Lins, campeã olímpica pela Seleção Brasileira em Londres 2012 e eleita a melhor levantadora da Superliga na última temporada, aos 40 anos.
Claudinha pelo Praia Clube
A levantadora natural de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, atuou no Praia por 10 temporadas. Em Uberlândia, ela venceu tudo o que era possível a nível estadual ou nacional: Campeonato Mineiro (2015, 2019, 2021 e 2023), Superliga (2017/18 e 2022/23), Supercopa do Brasil (2019, 2020 e 2021), Desafio MG-RJ (2019/20), Troféu Super Vôlei (2020), Copa Brasília (2023) e Copa Brasil (2024). Em torneios com a participação de clubes do exterior, conquistou o Sul-Americano (2021 e 2023).
Em março de 2025, Claudinha havia deixado incerto o retorno às quadras em entrevista exclusiva ao No Ataque: “É uma decisão muito difícil. Claro que, até então, eu quero voltar. Vai ser em um momento diferente. Não vou ter que retomar do zero. Mas é uma volta de uma gravidez. Que Deus me permita viver isso. E tem o sentimento também de ‘tá, eu tive o neném e não quero voltar’. É difícil. É desgastante a temporada ao longo dos anos”.
À época, ela disse que havia participado de conversas que tiveram um possível retorno dela ao Praia como assunto principal: “Tanto com patrocinador, quanto com o gerente e o próprio presidente. No dia da coletiva, que foi algo bacana que fizeram, ele falou em público que pode passar um ou dois anos, quando eu quiser, as portas estarão abertas”.
Ao longo da carreira, a levantadora também passou por São Caetano, São José, Minas, Campinas, Sesi e Osasco. Teve apenas uma oportunidade na Seleção Brasileira, em 2013, quando recebeu o convite do técnico José Roberto Guimarães.