VÔLEI

Novo capitão da Seleção, Flávio ‘trocou’ futebol pelo vôlei e cresceu 12 cm em um ano

Em entrevista exclusiva ao No Ataque durante a Liga das Nações Masculina, o mineiro Flávio contou que iniciou no vôlei ‘por acaso’

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O novo capitão da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei é mineiro. Natural da pequena cidade de Formiga, no oeste do estado, o central Flávio herdou do lendário levantador Bruninho – que encerrou seu ciclo na equipe – a responsabilidade de ser o líder do time de Bernardinho. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, ele contou como reagiu à notícia de que ocuparia o importante posto e revelou que começou no vôlei “por acaso”, na adolescência.

“É uma responsabilidade muito grande ser o capitão da seleção brasileira, um peso muito grande, mas eu estou muito tranquilo, estou me sentindo bem, eu já vinha compartilhando um pouco da minha experiência com a garotada mais nova que está chegando. E eles veem em mim um ponto de segurança, um ponto de apoio”, iniciou o atleta. Aos 32 anos, ele é o segundo mais experiente do elenco, atrás apenas do também mineiro Lucarelli, único remanescente do título olímpico de 2012.

Flávio contou que, muitas vezes, os garotos da “nova” e rejuvenescida Seleção de Bernardinho chegam até ele para tirar dúvidas e perguntar sobre situações de jogo. “Fiquei muito feliz com a escolha e tentei fazer o meu melhor, ajudar todo mundo dentro de quadra”, completou.

Início ‘por acaso’ no vôlei

Flávio contou ao No Ataque que, quando ainda era “garotinho”, tentou jogar futebol de campo e futsal. No entanto, “não tinha habilidade nenhuma com os pés”. Ele contou que nunca foi apaixonado por futebol e não torcia para um time específico, mas que seu pai é apaixonado pelo Cruzeiro.

Depois disso, o mineiro passou um ano da adolescência sem praticar nenhum esporte e, nesse ano, cresceu muito: “Cresci mais de 12 centímetros em um ano”. Assim, ganhou o convite de amigos para “completar” o time que participaria dos Jogos Escolares de Minas Gerais. E o que era algo sem compromisso tornou-se sua grande paixão.

“Meus amigos da escola me convidaram para poder jogar vôlei, mais para poder completar o time lá da escola para a gente participar dos Jogos Escolares de Minas Gerais e eu fui, aceitei comecei a gostar de vôlei ali e com menos de um ano treinando lá com a garotada de Pimenta, no interior de Minas Gerais, cidadezinha pequena mas muito querida, e fui fazer um teste por acaso no Minas Tênis Clube”

Flávio fez o teste no clube da Rua da Bahia em 2008 e, mesmo sem grandes expectativas, foi aprovado e deu início a longeva trajetória em Belo Horizonte. Foram quase 12 anos atuando pela equipe, dos uniores até o protagonismo no time principal.

Em 2019, o central deu adeus ao Minas para “se aventurar em outros lugares”. Ele, então, passou uma temporada no Rio de Janeiro e, na sequência, decidiu viver a experiência de jogar o vôlei europeu, onde está já no quarto destino – passou por Zawiercie, da Polônia, em 2020/2021; Calabria, da Itália, em 2021/2022; Perugia, também da Itália, entre 2022/2023 e 2023/2024; e hoje está no Trentino, um dos times mais traidicionais do país da bota e do mundo. Lá, se sagrou campeão do campeonato nacional na última temporada e já está renovado para 2025/2026.

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