VÔLEI

Vôlei: rival do Brasil no Mundial, Rep. Dominicana tem técnico brasileiro ex-‘pupilo’ de Zé Roberto

Técnico das rivais da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei nas oitavas de final do Mundial comanda equipe há quase 20 anos

Compartilhe
google-news-logo

José Roberto Guimarães reencontrará seu antigo pupilo neste domingo (31/8), quando, a partir das 10h30, o Brasil enfrenta a República Dominicana, pelas oitavas de final do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei, no Indoor Stadium Huamark, em Bangkok, capital da Tailândia.

O brasileiro Marcos Kwiek é um dos técnicos mais longevos desta edição da competição. Nascido em São Paulo, ele está à frente da seleção caribenha há mais de 17 anos – desde 2008.

No cenário de clubes brasileiro, Marcos Kwiek comandou o Pinheiros, em 2006/07; e o Bauru, entre 2015/16 e 2016/17 e em 2022/23.

Kwiek tem longa história com Zé Roberto

Antes de assumir a República Dominicana, o paulistano foi auxiliar de Zé Roberto entre 2003 e 2006. Ele, inclusive, já enfrentou seu “mestre” nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris 2024′ e na fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020′ (disputados em 2021).

A história dele com Zé, no entanto, remonta a 1992, quando Kwiek ainda era jogador de vôlei, mas decidiu conciliar a vida de atleta com o trabalho de professor da escolinha do tricampeão olímpico.

“Quando o Zé montou o Sportville, soube que abriu uma vaga para ser técnico na escolinha e fui ser professor, em 1992. Eu ainda jogava, mas resolvi conciliar. Ficamos juntos em Osasco, BCN, Unisul, e em 2008 fui para a República Dominicana. Estava no Mundial de 2006 com o Brasil quando resolvi aceitar o convite. Ele foi o primeiro a saber e me deu muita força para aceitar.”

Marcos Kwiek, em entrevista ao Web Vôlei

“O Zé me abriu todas as portas.Sinto-me privilegiado por ter tido toda a minha iniciação como técnico com ele e com o Paulinho (Paulo Coco). Para mim é gratidão sempre. Mas o mais importante é a amizade e o respeito que tenho por ele. Ele compartilha, é aberto e é algo que admiro muito. Sempre me deu muita força. Só tenho o que agradecer”, finalizou.

Marcos revolucionou vôlei da República Dominicana

Marcos Kwiek teve dificuldades para transformar a República Dominicana numa seleção competitiva, que disputa frequentemente as principais competições do vôlei mundial – os Jogos Olímpicos (participou de quatro das últimas três edições), Mundiais (disputaram todos desde a chegada do paulistano e chegaram às quartas de final em 2014) e Liga das Nações.

“No começo, foram quatro anos difíceis, estruturando a parte técnica e depois tática e individualmente até os primeiros resultados começarem a aparecer (o time chegou às quartas de final nas últimas Olimpíadas, em 2012). A República Dominicana é um país pobre, sem recursos e nosso centro de treinamento não está no nível da equipe. Muitas vezes, por exemplo, chegamos lá e quadra está ocupada por outros atletas ou para uma formatura.”

Marcos Kwiek em 2014, ao Portal R7

O que o Kwiek falou sobre confronto com o Brasil

“O Brasil é sempre uma equipe difícil, uma equipe que sempre briga por medalhas em todos os campeonatos. Eles nos conhecem muito bem. Há muitas jogadoras nossas que já jogaram no Brasil, igual eu conheço muito o Brasil, eu sou brasileiro e conheço elas muito bem também. Mas é um jogo de morte, se perder vai pra casa. Então temos que deixar tudo na quadra para sair do jogo satisfeitos, independente do resultado, temos que sair do jogo contentes com nossa atuação”, disse o técnico.

Na fase de grupos, a seleção caribenha venceu por 3 sets a 0 Camarões e México, mas perdeu na terceira rodada para a China, por 3 sets a 0. Por isso, ficou em segundo no Grupo F e enfrentará o Brasil.

Compartilhe
google-news-logo