Após a CBF autorizar o aumento do número limite de jogadores estrangeiros que podem ser relacionados para uma partida para nove em 2024, os times da Série A do Campeonato Brasileiro passaram a investir ainda mais em trazer atletas do mercado exterior. Neste ano, há 119 gringos nos elencos profissionais dos clubes que disputam a competição (até o momento de publicação desta matéria) – 15 a mais que no início do Brasileiro 2023.
Além do aumento de estrangeiros, aumentou também o número de países representados: são 20 em 2024 – eram 15 em 2023 -, de três continentes diferentes.
Ter gringos no plantel tornou-se tão comum entre os times da Primeira Divisão que apenas uma das vinte equipes (o Juventude) tem elenco 100% brasileiro, sem nenhum jogador de fora do país. Em compensação, o clube com mais estrangeiros tem 10, acima do limite permitido em uma partida.
Mapa-múndi interativo do Brasileiro 2024
O No Ataque elaborou mapa-múndi interativo que reúne e detalha cidades, estados (no caso de brasileiros) e países onde nasceram os jogadores da Série A. A visualização foi feita baseada nos elencos oficiais de cada clube – normalmente, disponíveis nos sites das instituições – e atualizada com as últimas transferências (a janela para o mercado nacional só fecha na sexta-feira, 19/4).
Para navegar pelo mapa abaixo, passe o cursor por cima da pequena seta, no canto superior esquerdo, e clique na “cruz”. Para expandir ou reduzir a área visível do mapa, use o scroll do mouse ou os botões “+” e “-” no canto superior esquerdo. Para saber o local de nascimento de qualquer jogador do Brasileiro, ou para visualizar o mapa dos atletas de só um time, use as barras de pesquisa do canto superior direito.
Qual time tem mais estrangeiros no Brasileiro 2024? Veja ranking completo
- Botafogo: 10, de 8 nacionalidades diferentes – Bastos (Angola) Gatito Fernández e Óscar Romero (Paraguai), Barboza (Argentina), Damián Suárez e Mateo Ponte (Uruguai), Luis Segovia (Equador), Savarino (Venezuela) e Jacob Montes (dupla nacionalidade: nascido nos Estados Unidos, mas jogador da Seleção de Nicarágua)
- Athletico-PR: 9, de 3 nacionalidades – Gamarra e Benítez (Paraguai), Zapelli, Godoy, Esquivel, Cuello e Di Yorio (Argentina), Mastriani e Canobbio (Uruguai)
- Intenacional: 9, de 6 nacionalidades – Borré (Colômbia), Bernabei, Mercado, Bustos e Alario (Argentina), Mallo (Espanha), Rochet (Uruguai), Aránguiz (Chile), Valencia (Equador)
- São Paulo: 8, de 6 nacionalidades – Bobadilla (Paraguai), Alan Franco, Galoppo e Calleri (Argentina), Michel Araújo (Uruguai), James Rodríguez (Colômbia), Arboleda (Equador) e Ferraresi (Venezuela)
- Grêmio: 8, de 4 nacionalidades – Soteldo (Venezuela), Pavón, Marchesín, Kanneman, Cristaldo e Besozzi (Argentina), Carballo (Uruguai) e Villasanti (Paraguai)
- Fortaleza: 8, de 3 nacionalidades – Cardona, Brítez, Machuca, Pochettino, Martínez e Lucero (Argentina), Kervin Andrade (Venezuela) e Kuscevic (Chile)
- Atlético: 7, de 5 nacionalidades – Saravia, Battaglia e Zaracho (Argentina), Lemos (Uruguai), Alan Franco (Equador), Brahian Palacios (Colômbia), Vargas (Chile)
- Vasco: 7, de 5 nacionalidades – Puma Rodríguez (Uruguai), Rojas (Paraguai), Sforza e Vegetti (Argentina), Medel e Galdames (Chile) e Payet (França)
- Atlético-GO: 6, de 4 nacionalidades – Araos (Chile), Rodallega, Yony González e Zuleta (Colõmbia), Alejo Cruz e Emiliano Rodríguez (Uruguai)
- Cruzeiro: 6, de 3 nacionalidades – Barreal, Villalba, Romero e Dinneno (Argentina), Cifuentes (Equador), Palacios (Colômbia)
- Flamengo: 6, de 3 nacionalidades – Pulgar (Chile), Varela, Viña, De La Cruz e Arrascaeta (Uruguai) e Rossi (Argentina)
- Criciúma: 6, de 7 nacionalidades – Bolasie (dupla nacionalidade: nascido na França, jogador da Seleção do Congo), Barcia (Uruguai), Tobias Figueirero (Portugal), Trauco (Peru), Wilker Ángel (Venezuela) e Candelo (Colômbia)
- Bragantino: 5, de 3 nacionalidades – Borbas e Laquintana (Uruguai), Mosquera (Colômbia), Realpe e Hurtado (Equador)
- Corinthians: 5, de 3 nacionalidades – Ángel Romero (Paraguai), Garro e Vera (Argentina), Félix Torres e Diego Palacios (Equador)
- Palmeiras: 5, de 3 nacionalidades – Piquerez (Uruguai), Aníbal Moreno e Flaco López (Argentina), Gustavo Gómez (Paraguai) e Richard Ríos (Colômbia)
- Bahia: 5, de 3 nacionalidades – Estupiñan e Santiago Arias (Colômbia), Cuesta (Argentina), De Pena e Acevedo (Uruguai)
- Fluminense: 4, de 3 nacionalidades – Jhon Arias e Lucumí (Colômbia), Cano (Argentina) e Terans (Uruguai)
- Vitória: 3, de 3 nacionalidades – Raul Cáceres (Paraguai), Eryc Castillo (Equador) e Zapata (Colômbia)
- Cuiabá: 2, de 2 nacionalidades – Pitta (Paraguai) e Luciano Giménez (Argentina)
Qual país estrangeiro tem mais jogadores?
A Argentina é, disparadamente, o país com mais representantes (41) no Brasileiro depois do Brasil. As outras nações da América do Sul com jogadores na Série A são: Uruguai (23), Colômbia (15), Paraguai (11), Equador (dez), Chile (sete), Venezuela (cinco) e Peru (um). No continente americano, Nicarágua e Estados Unidos também estão representados – pelo meio-campista do Botafogo Jacob Montes, nascido na Califórnia, nos EUA, mas jogador da Seleção Nicaraguense.
Fora da América, são 11 atletas de dois continentes (África e Europa), nove países (Angola, Bélgica, Bulgária, Congo, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Portugal) e um departamento ultramarino (Ilha de Reunião, que pertence à França). Alguns desses atletas possuem dupla nacionalidade.
Quem são os jogadores com nacionalidade de países da África e Europa
- Angola (África): Bastos, zagueiro do Botafogo
- Bélgica (Europa): Wanderson, atacante do Internacional (nasceu no Brasil, mas tem nacionalidade belga e defendeu a seleção sub-16 do país europeu)
- Bulgária (Europa): Cicinho, lateral-direito do Bahia (nasceu no Brasil, mas tem nacionalidade búlgara e defendeu a seleção do país europeu)
- Congo (África): Yannick Bolasie, atacante do Criciúma (nasceu na França, mas tem as nacionalidades inglesa e congolesa, e atua pela seleção do país africano, onde os pais nasceram)
- Espanha (Europa): Diego Costa, atacante do Grêmio (nasceu no Brasil, mas tem nacionalidade espanhola e defendeu a seleção do país europeu nas Copas do Mundo de 2014 e 2018) e Hugo Mallo, lateral-direito do Internacional
- França (Europa): Bolasie e Dimitri Payet, meia-atacante do Vasco (nasceu na Ilha de Reunião, departamento ultramarino da França)
- Inglaterra (Europa): Bolasie (nascido na França e jogador da Seleção do Congo, ele tem a nacionalidade inglesa porque foi criado no país britânico)
- Itália (Europa): Éder, atacante do Criciúma, e João Pedro Galvão, atacante do Grêmio (nasceram no Brasil, mas têm nacionalidade italiana e defenderam a seleção do país europeu)
- Portugal (Europa): João Moreira, lateral-direito do São Paulo (nasceu no Brasil, mas tem nacionalidade portuguesa. Já defendeu seleções de base de Brasil e Portugal) e Tobias Figueiredo, zagueiro do Criciúma