O Cruzeiro terá o goleiro Anderson no lugar de Rafael Cabral no time que enfrentará o Botafogo neste domingo (14/4), às 17h, no Mineirão, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O motivo da mudança feita pelo técnico Fernando Seabra é que o camisa 1 não defenderá mais a Raposa.
A informação da saída de Rafael Cabral do Cruzeiro foi publicada pelo jornalista Samuel Venâncio na noite desse sábado (13/4). Segundo o comunicador, o goleiro de 33 anos tem negociações em andamento com o Santos, que disputará a Série B do Brasileiro em 2024.
Cabral começou a carreira justamente no time da Vila Belmiro, pelo qual venceu a Copa do Brasil de 2010 e a Copa Libertadores de 2011, além de três Campeonatos Paulistas (2010, 2011 e 2012) e a Recopa Sul-Americana de 2012. No Peixe, o goleiro fez parte da geração que tinha Neymar e Paulo Henrique Ganso.
Rafael Cabral foi vaiado no duelo da Raposa com o Alianza, da Colômbia, quinta-feira (11/4), pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Diante de 18 mil torcedores no Mineirão, o time celeste abriu 3 a 0 no primeiro tempo, mas vacilou na segunda etapa e tomou o empate por 3 a 3.
No segundo gol do Alianza, Cabral falhou ao tentar segurar a bola chutada por Emerson Batalla. Abatido, ele ergueu os braços sinalizando um pedido de desculpas aos cruzeirenses no estádio.
O Cruzeiro ainda não se manifestou sobre a negociação de Rafael Cabral.
O que disse Rafael Cabral depois de Cruzeiro x Alianza?
Na zona mista do Mineirão, Cabral assumiu para si mesmo a responsabilidade pelo resultado em Cruzeiro x Alianza. Ele ainda deixou no ar a possibilidade de sair do clube, caso diretoria e comissão técnica entendessem como melhor caminho.
“Se em algum momento sentir que eu possa estar prejudicando, se eu sair não tem problema nenhum. Diretoria e treinador estão aí para resolver e decidir”
Rafael Cabral
🇨🇴🔥 Que reação! Os três gols do #AlianzaFC no empate com o @Cruzeiro no @Mineirao.
— CONMEBOL Sudamericana (@SudamericanaBR) April 12, 2024
🏆 Grupo B da CONEMBOL #Sudamericana. pic.twitter.com/BZyOy6xoA0
Final do Mineiro
O camisa 1 já havia sido questionado por lances importantes na final do Campeonato Mineiro, em que o Cruzeiro foi superado pelo Atlético.
O entendimento de grande parte da torcida é que a finalização do zagueiro Bruno Fuchs no empate por 2 a 2, na Arena MRV, era defensável.
Já na derrota de virada por 3 a 1, no Mineirão, Rafael demonstrou indecisão quando Saravia marcou de cabeça o primeiro gol atleticano. O goleiro cruzeirense ameaçou sair ao encontro do lateral-direito alvinegro, mas ‘ficou no meio do caminho’ e viu a bola passar por cobertura.
Rafael Cabral no Cruzeiro
Contratado pelo Cruzeiro em janeiro de 2022 após deixar o Reading, da Inglaterra, Rafael Cabral enfrentou a difícil missão de substituir Fábio, grande ídolo do clube, que não teve o contrato renovado pela SAF do ex-jogador Ronaldo Nazário.
A pressão era ainda maior pelo fato de a Raposa disputar pelo terceiro ano consecutivo a Série B. Mas Cabral lidou bem com a tarefa e foi importante na campanha do retorno à elite nacional, coroada com o título da segunda divisão.
Com Rafael Cabral sob as traves, o Cruzeiro somou 78 pontos na Série B de 2022 – 13 a mais que o Grêmio, vice-campeão, e 16 de vantagem sobre Bahia e Vasco, terceiro e quarto colocados.
Em 2023, Cabral viveu bons e maus momentos no Cruzeiro. O time passou por dificuldades no Brasileirão, a ponto de lutar contra o rebaixamento, porém seguiu na elite (14º, com 47 pontos) e ainda obteve vaga na Sul-Americana.
Cabral no ‘top 15’
Em dois anos e três meses no Cruzeiro, Rafael foi titular absoluto e disputou 121 jogos, estabelecendo-se entre os 15 goleiros que mais vestiram a camisa do clube.
- 1 – Fábio (2000; 2005/2021) – 976 jogos
- 2 – Raul – (1966/1978) – 557 jogos
- 3 – Geraldo II (1934/1955) – 368 jogos
- 4 – Dida (1994/1998) – 306 jogos
- 5 – Geraldo I (1927/1945) – 276 jogos
- 6 – Paulo César Borges (1989/1998) – 264 jogos
- 7 – Luiz Antônio (1978/1986) – 241 jogos
- 8 – Hélio (1971/1978) – 207 jogos
- 9 – Vítor (1971/1984) – 183 jogos
- 10 – Gomes I (1982/88) – 180 jogos
- 11 – Genivaldo (1956/1961) – 131 jogos
- 12 – Mussula (1955/1963) – 126 jogos
- 13 – André (1999/2003) – 123 jogos
- 14 – Rossi (1956/1961) – 122 jogos
- 15 – Rafael Cabral (2022/2024) – 121 jogos
