O Cruzeiro enfrenta o Alianza, da Colômbia, pela segunda rodada do Grupo B da Copa Sul-Americana. As equipes medem forças nesta quinta-feira (11/4), no Mineirão, em Belo Horizonte.
Na primeira rodada da Sula, a Raposa empatou fora de casa com a Universidad Católica, do Equador: 0 a 0. Já o Alianza perdeu dentro de seus domínios para o Unión La Calera, do Chile, por 1 a 0.
Mudança de nome, cores, escudo e cidade
Uma situação curiosa envolvendo o Alianza é a mudança de nome, cores, escudo e sede. Até janeiro de 2024, o clube se chamava Alianza Petrolera e atuava no estádio Daniel Villa Zapata, com capacidade para 10 mil pessoas, em Barrancabermeja.
Com a troca de cidade, o Alianza tirou o Petrolera de sua denominação e seguiu para Valledupar, a 466 quilômetros de distância de Barrancabermeja. Agora, a equipe manda suas partidas no estádio Armando Maestre Pavajeau, com 11.500 lugares.
O uniforme principal, antes composto por camisa amarela e calção preto, deu lugar ao azul escuro com detalhes em vermelho. Houve ainda modificações no escudo.
Por que o Alianza tomou essa decisão?
Reportagem do site Infobae assinada pelo jornalista Camilo Zabaleta explica as razões pelas quais o Alianza seguiu para Valledupar. O motivo principal foi o baixo interesse do público nas partidas do clube no Campeonato Colombiano, conforme contou o goleiro José Chunga, atualmente no Independiente de Medellín.
“Tive a sorte de passar dois anos lá e Barrancabermeja é uma cidade maravilhosa, com gente muito boa, impressionante, que dá amor; Mas também temos que deixar de lado a questão sentimental e ver a realidade disto. Nesses dois anos, nos classificamos três vezes para o octogonal e acho que uma vez estivemos perto de chegar à final e só uma vez o estádio ficou completamente lotado, quando jogamos contra o Atlético Nacional. Entendo o presidente Carlos (Ferreira), colocaram os ingressos em 10.000 ou 13.000 mil pesos (de R$ 13 a R$ 17), e as pessoas não foram. Havia 200 ou 300 pessoas nas arquibancadas e isso provavelmente era demais.”
José Chunga, ex-goleiro do Alianza
Além da esperança em ser abraçado pela população em Valledupar, o Alianza recebeu apoio financeiro tanto da prefeitura do município quanto de empresas locais.
Fundado em 1990 com o nome Alianza Petrolera, o clube ganhou a Série B da Colômbia em 2012. Na temporada 2023, encerrou o Torneio Finalización em nono lugar, garantindo vaga na Copa Sul-Americana.
Ex-Atlético no Alianza
Um jogador do Alianza bastante conhecido em Minas Gerais é o meio-campista Sherman Cárdenas, que defendeu o Atlético em 2015 e integrou o elenco campeão mineiro.
Cárdenas chegou ao alvinegro cercado de expectativas, visto que havia se destacado no Atlético Nacional em 2013 e 2014, com 22 gols e 21 assistências em 112 jogos. No Galo, porém, não foi protagonista e passou em branco nas 29 partidas.
O meia também jogou sem brilho pelo Vitória, em 2016 e 2017. Posteriormente, jogou na LDU, do Equador, e nos colombianos Atlético Bucaramanga, Junior Barranquilla, Santa Fe, Once Caldas e, por fim, Alianza.
Aos 34 anos, Cárdenas alterna entre o time titular e a condição de suplente. Em 2024, ele disputou 11 partidas – dez no Campeonato Colombiano e uma na Copa Sul-Americana – e não balançou a rede.
Troca de técnico
Alianza e Cruzeiro têm em comum as recentes mudanças de técnicos. Enquanto o time mineiro demitiu o argentino Nicolás Larcamón e contratou Fernando Seabra, o colombiano substituiu César Torres por Hubert Bodhert.
Bodhert, de 52 anos, deixou o Jaguares de Córdoba, 14º colocado no Torneio Apertura do Campeonato Colombiano (17 pontos), e assumiu o Alianza, penúltimo entre 20 participantes, com 13 pontos.
Em 15 rodadas, a equipe de Valledupar ganhou apenas três, além de quatro empates e oito derrotas. O lanterna, Patriotas, soma 12.
Já em Belo Horizonte, o Alianza treinou na Cidade do Galo nesta quarta-feira (10/4) e encerrou a preparação para enfrentar o Cruzeiro. Veja aqui as prováveis escalações das equipes para o duelo na Sul-Americana.