CASO ROBINHO

Morre amigo de Robinho citado em processo de estupro coletivo

Amigo e ex-segurança de Robinho foi citado no processo que culminou na prisão do ex-jogador por estupro coletivo de jovem albanesa

Morreu na noite dessa terça-feira (18/3), em Santos, litoral de São Paulo, Rudney Gomes. Amigo e ex-segurança de Robinho, ele tinha 46 anos e foi um dos homens mencionados no processo que acarretou na prisão do ex-atacante de Santos, Atlético e Seleção Brasileira por estupro coletivo a uma mulher albanesa em Milão, na Itália, em 2013.

Os únicos presos pelo caso são o ex-jogador e Ricardo Rocha Falco. Rudney e mais três amigos de Robinho – Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fábio Galan – foram citados pela Justiça italiana no processo, mas deixaram o país europeu durante as investigações e não puderam ser notificados para a audiência preliminar do caso, em março de 2016.

O corpo de Rudney foi encontrado por porteiro no espaço comum de prédio localizado em bairro nobre da orla de Santos, de acordo com o boletim de ocorrência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado imediatamente e registrou a morte dele no mesmo local em que foi encontrado.

O caso Robinho

Robinho está preso desde março deste ano, cumprindo pena no Brasil por estupro coletivo que ocorreu na Itália, em 2013, quando era jogador do Milan. Junto com cinco amigos, o ex-atacante cometeu o crime contra uma jovem albanesa de 22 anos.

Em 2017, ele foi julgado à revelia a nove anos de prisão, mas não cumpriu pena, porque o Brasil não deporta seus cidadãos para cumprem pena em outro país. Em 2022, a Itália pediu para que Robinho cumprisse então a pena no Brasil.

Foi o que aconteceu. No dia 20 de março de 2024, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por 9 a 2, que Robinho deveria cumprir em território nacional a pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro ao qual foi condenado no país europeua.

Apesar de o jogador ter recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de um recurso extraordinário e impetrado um habeas corpus também no STF, o pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux.

Robinho foi preso no dia 21 de março de 2024 em sua residência, em Santos, e levado para a sede da Polícia Federal. Após passar por audiência de custódia, Robinho foi encaminhado para a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, no interior de São Paulo, onde passou a cumprir a pena.

Ricardo Falco

Ricardo Falco, amigo de Robinho condenado por estupro coletivo na Itália, se apresentou à Polícia Federal de São Paulo na noite do dia 7/6 de 2024, após o STJ emitir mandado de prisão.

determinação era que ele cumprisse a pena imediatamente no Brasil, a exemplo do que já havia acontecido com Robinho. A dupla foi condenada pelo crime de estupro contra uma mulher albanesa, em uma boate na Itália em 2003. Na época, o jogador defendia o Milan.

Falco deve ser levado para a prisão de Tremembé, mesmo local onde Robinho cumpre pena.

Quando os dois foram condenados pela Justiça da Itália, já estavam no Brasil, o que fez o governo italiano pedir a extradição, que foi negada. Posteriormente, o pedido foi para que Robinho e Falco cumprissem pena em território brasileiro, o que acabou sendo aceito pelo STJ. Robinho está preso desde 21 de março.

“Seguindo o mesmo posicionamento que adotou desde o princípio, Ricardo se apresentou às autoridades brasileiras imediatamente após a expedição do mandado de prisão emitido pela e irá permanecer colaborando com a Justiça. Agora, aguarda-se a apreciação do Habeas Corpus impetrado perante o Supremo Tribunal Federal, para garantir o exercício do seu direito à liberdade até o trânsito em julgado do processo de homologação”, disse Lorena Machado, advogada de Falco.

Apenas Robinho e Falco foram condenados pelo caso de violência sexual. Os outros quatro denunciados que foram envolvidos no caso estão livres: Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan. A Justiça italiana não conseguiu notificá-los – eles deixaram o país durante as investigações.

Com informações da Folhapress

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