VÔLEI

Vôlei: campeão olímpico aponta rivais mais fortes em Paris e define meta para Brasil

Central de 38 anos, Lucão foi convocado por Bernardinho na segunda-feira (17/4) e, provavelmente, estará na Olimpíada de Paris
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Campeão olímpico no Rio de Janeiro em 2016, Lucão vive a ansiedade de disputar os Jogos Olímpicos pela quarta vez. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, o central de 38 anos apontou os rivais mais fortes que a Seleção Brasileira encontrará na Olimpíada de Paris e definiu a meta do Brasil na competição, a qual começará daqui exatamente 100 dias. 

De contrato renovado com o Cruzeiro, Lucão é esperado em Saquarema, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (22/4), já que foi convocado por Bernardinho para disputar a Liga das Nações. Mesmo sem presença confirmada na Olimpíada de 2024, que ocorrerá entre 26 de julho e 11 de agosto, o central utilizou a experiência para definir a meta da Seleção Brasileira no torneio de vôlei em Paris.

“A medalha de ouro é claro que é o que todo mundo quer. Mas [a meta é] chegar ao pódio olímpico. O voleibol está muito igual. Tem oito equipes com condições de disputar uma medalha de ouro, como a Itália, Cuba, Estados Unidos, Polônia, França, Sérvia e Japão, além de nós. Então, se a gente conseguir passar para uma final e ganhar o ouro olímpico será maravilhoso, mas só de conseguir chegar à semifinal e trazer uma medalha para o Brasil será grandioso”. 

Lucão, central da Seleção Brasileira

Prata em 2012, ouro em 2016 e quarto lugar em 2021, Lucão é um dos grandes nomes do voleibol brasileiro nas últimas décadas e está próximo da quarta Olimpíada. Mesmo assim, o atleta deixou claro que ainda sente uma certa ansiedade e destacou o sentimento após a volta de Tóquio, nos últimos Jogos Olímpicos, sem conquistar medalha para o Brasil. 

“Tem ansiedade. Tem três anos, porque esse ciclo foi mais curto, mas são três anos engasgado com a Olimpíada do Japão que a gente não conseguiu trazer, pelo menos, uma medalha para o Brasil. Desde os meus 15, 16 anos, não escorria uma lágrima por uma derrota. No esporte, você até tem a oportunidade de vencer no dia seguinte e esquecer todo aquele momento de derrota e de tristeza que passou”, disse Lucão, que seguiu. 

“Mas a Olimpíada é um pouco diferente porque acontece a cada quatro anos. São quatro anos que você fica remoendo. E conforme a idade vai passando, você não sabe como estará fisicamente, tecnicamente, e se nesses quatro anos surgirão atletas que vão te superar. Tudo isso gera, querendo ou não, uma ansiedade e uma expectativa para conseguir chegar muito bem”, concluiu o central.

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